É preciso o céu
Essa imagem
É o retrato do mundo
Um rio sem fundo
Sem leito nem margem
Essa imagem
É um tanto de saudade
Uma nostalgia escondida
Uma vontade sentida
De versificar a vida
De poetizar a alma
Estrofes incansantes
Desafiam meu destino
Seguem em desatino
Já não leem o sentido de agora
Tampouco definem o antes
Agarram-se à superfície da água
Imersos num tempo incomum
Não há medo ou mágoa
E o que resta
São quereres...
Que pra querer não é preciso ter chão
É preciso ter força
É preciso o céu.
Bruna Longobucco
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