Poesias sobre o estado do Tocantins

No Bico do Papagaio

No Bico do Papagaio
Vive um povo guerreiro
Trabalha e enche o balaio
É lugar de povo ordeiro

Sua natureza é extrema
Tem babaçu a perder de vista
Prato cheio para um poema
Paisagens belas para o turista

A vegetação é “harmônica”
No Bico concorrem com o pasto
Um cerrado vasto
E a floresta amazônica

Aqui existem muitas plantas
Ribeirões e riachos,
Arvores tantas
Inúmeros pássaros

No céu voa o pardal,
O bentivi e o pica-pau
Eles habitam a mato
A floresta do cocal

Nessa terra canta o curió
Voa bonito o gavião
É lindo ver o socó
E a pipira comendo mamão

Passa na estrada o lambú
Corre seriema atras da cobra
Risca o céu de preto o anu
É bicho voando de sobra

No chão tem o preá
Tem cutia, tatu e quati
A preguiça e o tamanduá
Também a paca e o jabuti

Nas águas do bico
Peixes de todo tipo
Nos riachos a piaba, piau e mandi
Pacu, traíra, cará e o cari

Nos rios pirarucu, pintado e caranha
Corvina, dourado e piranha
E na canoa o pescador, vai jogando a tarrafa
Pescando com a esperança, de puxar a rede farta


Já a culinária do meu bico,
É rica no que brota do chão
Nos dá um cardápio rico
Desse solo brota o pão

Faz-se o beiju da tapioca
Do babaçu sai o azeite
Da farinha a paçoca
A coalhada do leite

São tantos frutos por aqui
Começando pela bacaba
Fruta parecida com açaí
Que aqui não se acaba

Com o buriti se faz de tudo
Faz-se o doce, se extrai o suco
Com a fibra bolsas e tapetes
Brinquedos, bijuterias e redes

E como é cheiroso o cupu,
Suculento e saboroso o bacuri
Gostosa a castanha do caju
Apetitoso o arroz com piqui

Aqui tem muita cajazeira
Amarelada, cheia de cajá
E bem alto a castanheira
Dando a Castanha do pará

E banhando a terra
Estão dois rios perenes
Entre curvas e quedas
São majestosos e solenes

Correm suas águas fazendo curva
É pedra, ilha e muita praia
Assim vai correndo o Tocantins
Até se encontrar com o Araguaia

Terra de um povo importante
Que aqui já estava
Bem antes dos habitantes
Que os pés aqui fincava

Essa é a terra dos apinajé
De ricos costumes e cultura
Que muito importante nos é
E deve ser tratado a altura

Região de grande potencial
Só carece de oportunidade
De incentivo industrial
Que de fato chegue à cidade

E no campo investimento
Incentivo ao produtor
Que do chão tira o sustendo
Da lavoura que plantou

Com tanta riqueza
E tantos recursos naturais
Como pode haver pobreza
E tantas mazelas sociais?

Assim descrevo nosso bico
É alegria de quem aqui mora
Contente e satisfeito eu fico
Se falam dele lá fora

Pois é lugar de povo trabalhador
Que no campo planta e cria
Semeia a terra com amor
E colhe com alegria

E na cidade acorda cedo
Labutando o sustento
Do trabalho não tem medo
Seu esforço é tremendo

Meu bico do papagaio
De cerrado, de mato e campina
De morro, serra e colina
De beleza que não termina

Bico que de mim não sai
Onde quer que eu esteja.
Do seu povo é mãe e pai
É fé, é vida e é grandeza.

Giano Guimarães
Tocantinópolis, 21/02/2013

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Rio Tocantins

Tocantins quando eu nasci,
ouviste quando eu chorei.
Chorava de amor por ti,
minhas lágrimas te dei.

Tocantins eras meu rio.
Mais que um rio, eras meu mar.
Nas noites negras de frio,
escutava tu passar.

Passavas bem de mansinho,
devagar a deslizar.
O caboclo zé fininho,
nem precisava remar.

Nas tuas costas levavas,
muita estória pra contar:
desde o cavalo de asas,
às juras de amor ao luar.

Eras tu que me levavas,
para em tuas águas brincar.
Eras tu que me chamavas,
querendo me carregar.

Tanta vontade eu tenho,
daquele tempo voltar.
Hoje já a ti não venho,
os meus prantos lamentar.

Eu cresci, virei adulto.
O encanto se quebrou.
Da criança, nem o vulto.
O menino se encantou.

Foi embora nas tuas águas,
em cima de um mururé.
E se perdeu nas tuas vagas,
no encontro da maré.

Cobra grande o engoliu,
mãe d’água o enfeitiçou.
Quem sabe foi no navio,
que na enseada aportou.

Tu também, meu caro amigo,
de ti mesmo descuidou.
Te desgostaste contigo?
Ou comigo que aqui estou?

Aquela ilha, onde está,
que mais parecia um mundo?
Olho e só vejo por lá,
mato triste e moribundo.

E o pedral onde ficava,
aquele cavalo encantado,
Que tinha o rabo dourado?
Tudo perdido. Acabado.

E os gaviões da montanha?
Onde foi aquela gente?
Que diferença tamanha!
Tudo está tão diferente!

Que a vida nos tome a nós.
Bravo rio, meu bravo mar.
Tu em busca da tua foz.
Eu buscando o meu lugar.

São caminhos divergentes,
os que devemos trilhar.
Mas por mais que eu me ausente,
sempre venho te encontrar.

Vais sempre ser o meu rio.
Vais sempre ser o meu mar.
Do menino que fugiu.
Ao homem que vês chorar.

E quando um dia eu me for,
desta para outra vida.
Não chores, não sintas dor,
não será uma despedida.

Eu volto, meu caro amigo.
Uma lenda há de nascer.
Hei de me encontrar contigo,
logo depois que eu morrer.

Nas noites de lua cheia,
se alguém te olhar vai me ver,
Brincando com tuas sereias,
gargalhando de prazer...

Parsifal Pontes
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Hino ao Tocantins
Coração, ouro verde, vida, paz...
Labor, conquista, união
Construir, crescer, preservar
Essa terra nossa nação
Sonho vivo, nativo real,
Memória, nossos heróis
Pais, filhos, história,
Família ideal

Tocantins, Tocantins...
Gente forte, fé no porvir...
Tocantins, Tocantins...
Liberdade, trabalho, amor...

Matas, rios, vales, serras, cerrados,
Minerais, pomar Amazônia
Fauna, flora, grão semeados,
Emoção, celeiro do Brasil
Verdade acenda a chama,
Crianças, pão, escola,
Cultura, tradição
Comunhão, ama....
Tocantins, Tocantins.

Letra por Genésio Tocantins Sampaio Filho
Melodia por Genésio Tocantins Sampaio Filho

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Hino do Estado do Tocantins


O sonho secular já se realizou
Mais um astro brilha dos céus aos confins
Este povo forte
Do sofrido Norte
Teve melhor sorte
Nasce Tocantins

(Estribilho)
Levanta altaneiro, contempla o futuro
Caminha seguro, persegue os teus fins
Por tua beleza, por tuas riquezas.
És o Tocantins!
Do bravo Ouvidor a saga não parou
Contra a oligarquia o povo se revoltou,
Somos brava gente,
Simples, mas valente,
Povo consciente.
Sem medo e temor.

(Estribilho)
De Segurado a Siqueira o ideal seguiu
Contra tudo e contra todos firme e forte
Contra a tirania
Da oligarquia,
O povo queria
Libertar o Norte!

(Estribilho)
Teus rios, tuas matas, tua imensidão
Teu belo Araguaia lembra o paraíso.
Tua rica história
Guardo na memória,
Pela tua Glória
Morro, se preciso!

(Estribilho)
Pulsa no peito o orgulho da luta de Palma
Feita com a alma que a beleza irradia,
Vejo tua gente,
Tua alma xerente,
Teu povo valente,
Que venceu um dia!

Letra de Liberato Costa Póvoa 
Música de Abiezer Alves da Rocha.

4 comentários:

  1. Fico muito feliz e encantada ao ver poemas que falam tão bem e detalhadamente sobre riquezas e culturas sobre nosso estado que é tão rico em fauna🐒🐆,flora🌻🍃🌳 e riquezas naturais🌱❤parabéns a todos os artistas que expuseram suas obras e pensamentos!!!♡•••••

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    1. Concordo com vc.EU TO FAZENDO UM TRABALHO SO TOCANTINS E ESCREVI O POEMA RIO TOCANTINS. POR FAVOR SE INSCREVE NO MEU CANAL SE CHAMA As Aventuras da Juju gamer

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  2. Parabéns pela produção. Eu acredito que o Estado deveria incentivar mais ricas produções como estas, pois elas são acontecimentos discursivizados e que num futuro bem próximo serão as únicas memórias guardadas que darão sustentação a uma identidade forte. Parabéns. Nesse momento estou me encaminhado para o meu doutorado e essas riquezas me ajudarão muito.

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Poema ao acaso