A calúnia
Fere a negra calúnia a fronte mais divina,
Como o céu mais azul o furacão invade;
E mais vezes o raio, o vento, a tempestade
As altas construções e as montanhas fulmina;
Porém, quando passado o mau tempo, ilumina
Seus frontões colossais o sol da imensidade,
À rocha no alcantil, na catedral à ruína
Dão-lhe à eterna grandeza a eterna majestade.
Ao fogo é que se arroja o bronze mutilado,
Que ferve, flui, e lança ao molde preparado
O herói que se levanta em meio à multidão.
Para o escultor erguer a criação mais bela,
Golpeia o monte, e espreme o mármore, e o modela
A pancadas de malho e a golpes de alvião...
Fere a negra calúnia a fronte mais divina,
Como o céu mais azul o furacão invade;
E mais vezes o raio, o vento, a tempestade
As altas construções e as montanhas fulmina;
Porém, quando passado o mau tempo, ilumina
Seus frontões colossais o sol da imensidade,
À rocha no alcantil, na catedral à ruína
Dão-lhe à eterna grandeza a eterna majestade.
Ao fogo é que se arroja o bronze mutilado,
Que ferve, flui, e lança ao molde preparado
O herói que se levanta em meio à multidão.
Para o escultor erguer a criação mais bela,
Golpeia o monte, e espreme o mármore, e o modela
A pancadas de malho e a golpes de alvião...
Luís Delfino
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