Permaneci quieto
em silêncios
deportei até a alma
rumo ao abrigo
em que curo
minhas dores
temores e lamentos desassossegados
Recostei-me neste dia
à beirinha deste poente
que ainda me permite aquecer
sem demoras
à luz doce e frágil
de uma estrela sem rumo
desafortunada
algemada em gestos e palavras
emudecidas na lonjura dos das
e eu... pelo canto dos silêncios
bem sei que sem afectos desmedidos
eu jamais encontro sequer aquele abraço
que embora comedido era todo meu
incondicional, infinito...nunca interdito
Frederico de Castro
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