Por que, divino Mestre,
Com teu poder celeste,
Ao homem que cegara,
De novo ver fizeste?
Que lhe mostrava a terra
Que a vista merecesse?
Maldades e perfídias
De sórdido interesse!
Tua doutrina, cego,
Ouvia e meditava.
Sem cogitar no mundo,
Ao céu se remontava.
Um cão, umas crianças
Lhe davam assistência;
O cão - fidelidade,
Crianças, inocência!
De humana piedade
Teu ato foi, Senhor!
Mantê-lo na cegueira
Fôra de um Deus favor!
Francisco Otaviano
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