— O que vales, junto à forja,
Cingindo o sujo avental?
— E a ti que te vale a gorja
Do teu diadema real?
— Eu mando tropas e armadas,
Sustenho povos na mão...
— Pois eu tempero as espadas,
Que fazem a revolução!
— E eu tenho um cetro que ao vê-lo
Curvam-se as raças fiéis...
— Pois eu possuo o martelo
Que prega a forca dos reis!
— És um divino espantalho. . .
— E tu, que vales, vilão?!
Do teu diadema real?
— Eu mando tropas e armadas,
Sustenho povos na mão...
— Pois eu tempero as espadas,
Que fazem a revolução!
— E eu tenho um cetro que ao vê-lo
Curvam-se as raças fiéis...
— Pois eu possuo o martelo
Que prega a forca dos reis!
— És um divino espantalho. . .
— E tu, que vales, vilão?!
— Eu forjo o anel do trabalho,
Tu forjas a escravidão*
— Eu tenho o sangue que deve
Recordar-me os faraós...
— E eu o do peão que em Greve
Decapitou teus avós.
Tu forjas a escravidão*
— Eu tenho o sangue que deve
Recordar-me os faraós...
— E eu o do peão que em Greve
Decapitou teus avós.
—— Tu és das trevas o leito. . .
— Mentes, eu laboro a luz!
— Eu prego a luz do direito. . .
—E eu prego as leis de Jesus!
—— Tu és a noite, eu o dia,
Deslumbram-te os vivos sóis.. .
Tu fundes a tirania,
Eu fundo os pulsos aos heróis!
— Mentes, eu laboro a luz!
— Eu prego a luz do direito. . .
—E eu prego as leis de Jesus!
—— Tu és a noite, eu o dia,
Deslumbram-te os vivos sóis.. .
Tu fundes a tirania,
Eu fundo os pulsos aos heróis!
Lobo da Costa
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