Olho - Anderson de Araújo Horta

Olho

Aspiro
Escuto

Nas divisas da noite e do dia
há qualquer coisa indefinível

A janela ainda não se abriu completamente
Talvez o ato se confunda com a vontade
onde a urgência cristalizou na expectativa

Em verdade ainda não se vê
não se aspira e nem se escuta
embora tenhamos consciência da presença
inadiável do milagre

Anderson de Araújo Horta


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Poema ao acaso