ALUCINAÇÃO À BEIRA-MAR
Um medo de morrer meus pés esfriava.
Noite alta. Ante o telúrico recorte,
na diuturna discórdia, a equórea coorte
Atordoadamente ribombava!
Eu, ególatra céptico, cismava
Em meu destino!... O vento estava forte
E aquela matemárica da Morte
Com os seus números negros, me assombrava!
Mas a alga usufrutuária dos oceanos
E os malacopterígios subraquianos
Que um castigo de espécie emudeceu,
No eterno horror das convulsões marítimas
Pareciam também corpos de vítimas
Condenados à Morte, assim como eu!
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