Do sonho e do sofrimento
Durar tão pouco, meu amor?
O Sonho tem o ephemero sabôr
Da phrase que se pensa e não se escreve.
Passa, mas deixa como em cofre
Antigo, de metal lavrado,
Um pouco de perfume do Passado
E um resto de infortunio de quem soffre.
Passa, mas sempre fica a flamma
De uma saudade bemfazeja:
Perfume do pescôço que se beija,
Sombra do corpo da mulher que se ama.
Depois, no fundo da alma doída,
É que sentimos para nós crescer
Essa immensa vontade de morrer
E esse indifferentissimo pela Vida...
Olegário Mariano
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