Aldenora Alves Correia - Lembrando Padre Egisto
Lembrando Padre Egisto
Morreste, padre Egisto. Hoje esta verdade
Enluta o coração dos que te querem bem.
Se olhares lá do céu, verás quanta saudade
E quanto pranto amargo noss'alma contém.
Deixaste o mundo vil. Tu'alma adamantina,
Entre hosanas, galgou os páramos da luz.
Por que fugiste assim à mansão divina?
Deixando-nos aqui em braços com a cruz?
Cerraste o teu olhar ainda em belos anos.
Morrer tão cedo, ó pai, devendo mais viver,
Para nós é o maior de todos os arcanos
Cujo Alcance jamais havemos de entender.
Deixou um vácuo imenso tua longa partida...
Teu vulto venerando nos lembra santidade...
Aceita ano a nossa prece, a dura despedida
E um derradeiro adeus, num misto de saudade.
Enquanto no sepulcro teu corpo descansa
E a triste solidão recorda o teu viver,
Mais nítida se torna em nós tua lembrança
E a saudade também não cessa de crescer.
Aldenora Alves Correia
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