Podes, ó Tempo, entrar: eu te convido
A ser hóspede meu, que eu nunca faço
Distinção quando és bom ou mau, pois passo
Os meus dias, de ti nunca esquecido.
Ou me batas à porta, enfurecido,
Envolto em furacões, com torvo braço,
Ou entres brandamente, passo a passo,
Cum sorriso na boca apetecido:
Ou me sejas contrário, ou venturoso,
Eu me acomodo a ti e a pouco custo,
Se visitar-me vens, tempestuoso.
Às tuas intenções sempre me ajusto.
Tu, a quem pensa, és sempre proveitoso:
Feliz quem te ama sem pavor nem susto.
Francisco Joaquim Bingre
A ser hóspede meu, que eu nunca faço
Distinção quando és bom ou mau, pois passo
Os meus dias, de ti nunca esquecido.
Ou me batas à porta, enfurecido,
Envolto em furacões, com torvo braço,
Ou entres brandamente, passo a passo,
Cum sorriso na boca apetecido:
Ou me sejas contrário, ou venturoso,
Eu me acomodo a ti e a pouco custo,
Se visitar-me vens, tempestuoso.
Às tuas intenções sempre me ajusto.
Tu, a quem pensa, és sempre proveitoso:
Feliz quem te ama sem pavor nem susto.
Francisco Joaquim Bingre
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