O Relógio - Artur de Azevedo

O Relógio

Quando não vens, formosa desumana,
E, saudoso de ti, sem ti me deito,
Fica tão espaçoso o nosso leito,
Que me parece o campo de Sant'Anna!

Quando não vens, oh! pálida tirana,
Torna-se lúgubre o quartinho estreito!
Com muitas flores, flor, debalde o enfeito:
Falta-lhe a flor das flores soberana.

Artur de Azevedo

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Poema ao acaso